![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Esse texto foi desenvolvido com o objetivo de contribuir para o entendimento das pessoas sobre o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Apesar de nos últimos tempos a mídia ter explorado bastante o tema, ainda encontramos profissionais e pais em busca de conhecimento sobre o assunto. É comum existirem crianças e adolescentes mais ativos, mais excitados, menos atentos e mais impulsivos. A dificuldade está quando essas características causam problemas em diferentes contextos, considerando principalmente o ambiente escolar e familiar. A psicoterapia pode ajudar bastante o paciente durante o tratamento de TDAH, pois os portadores têm sérias dificuldades na manutenção de amizades e relacionamentos afetivos. Não é fácil e nem natural manter um equilíbrio emocional nessas relações. Até mesmo porque a vida de uma criança cujo TDAH não é reconhecido e tratado, provavelmente, será marcada por inúmeros fracassos. Segundo Barkley (2002), o TDAH é fundamentalmente um déficit na capacidade da pessoa de se autorregular ou de se autocontrolar. As pessoas com TDAH reagem impulsivamente, ou seja, não têm capacidade de se acalmar e refletir. De acordo com o DSM IV, os critérios para o diagnóstico de TDAH são: persistência – os comportamentos teriam que persistir pelo menos por seis meses; início precoce – os sintomas têm de estar presentes antes de sete anos de idade; frequência e gravidade – a desatenção e/ou a hiperatividade/ impulsividade devem ter um caráter extraordinário quando comparadas às pessoas da mesma idade; claras evidências de deficiência – o padrão comportamental do TDAH precisa causar uma interferência significativa na capacidade funcional da pessoa e deficiência em um ou mais cenários, tais como: os sintomas causam problemas sérios em contextos múltiplos, inclusive na escola (ou no trabalho nos adultos), em casa e em situações sociais. O DSM IV fornece sintomas para o diagnóstico de TDAH, os referentes à desatenção são: não conseguir prestar atenção em detalhes ou comete erros por descuido; dificuldade em manter a atenção; não ouve quando abordado diretamente; não consegue terminar tarefas escolares, atividades domésticas ou do trabalho; dificuldade em organizar atividades; evitam tarefas que exijam um esforço mental prolongado; perde coisas; distrai-se facilmente e é esquecido. Há também outra lista de sinais, relacionados à hiperatividade e impulsividade, são estes: mexer os dedos ou se contorcer na cadeira; sair do lugar quando se espera ficar sentado; correr de um lado para o outro, escala coisas em situações em que as atividades são inadequadas; ter dificuldade de brincar em silêncio; agir "movido à pilha"; falar em excesso; responder antes que a pergunta seja completada; ter dificuldade de esperar sua vez e interromper os outros ou se intrometer. Diante do diagnóstico de TDAH, cabe o profissional orientar os pais e paciente, explicando os resultados, preparando e motivando-os para o tratamento de TDAH, pois este transtorno é um problema crônico que não é superado com o tempo. Uma educação contínua dos pais e da criança é fundamental. É preciso tratar de outras questões, tais como habilidades sociais e o mau desempenho educacional, por isso é de extrema importância o acompanhamento psicológico. O acompanhamento de um profissional de Psicologia se dá em diversas etapas. Seja na identificação do transtorno, em sua observação do comportamento do paciente nas esferas escolares, familiar e social. Após o diagnóstico apontando a relação do indivíduo com o seu ambiente, na compreensão e adaptação em relação à doença, incluindo o acompanhamento da família, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida para o portador de TDAH. Kati Pinto |
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